Com o objetivo de desenvolver ações para fomentar a governança social em Minas Gerais, o Instituto de Governança Social - IGS, através da realização do Centro Mineiro de Alianças Intersetoriais – CeMAIS e o Governo de Minas, promoveu em Uberaba nos dias 29 e 30 de junho, o VII Ciclo de Fomento. Um instrumento que busca da união de diversos setores da sociedade para conquistarem objetivos comuns.
Um dos assuntos que provocou grande discussão foi a violência doméstica, tema da palestra que foi ministrada pelo Promotor de Justiça em exercício na Promotoria Especializada na Defesa da Mulher, Eduardo Henrique Soares Machado.
Um dos assuntos que provocou grande discussão foi a violência doméstica, tema da palestra que foi ministrada pelo Promotor de Justiça em exercício na Promotoria Especializada na Defesa da Mulher, Eduardo Henrique Soares Machado.
De acordo com o promotor, a violência doméstica é a repetição de um padrão de comportamento abusivo através de uma conduta emocional, física, psicológica, sexual, em que o objetivo dessa conduta é assegurar o poder de um gênero sobre o outro.
A maior vítima de violência doméstica na sociedade é a mulher. Os números levantados pelo promotor em Belo Horizonte indicam que % das mulheres abaixo de 40 anos são as maiores vitimas de violência; 80% da violência contra mulher acontece dentro do casamento; 25% da população feminina já foi agredida dentro da própria casa e 82% das agredidas são de família de baixa renda. “Isso não quer dizer que a classe média não sofra violência, mas porque os ricos resolvem os problemas de outra forma, através de remédios e consultas ao psiquiatra”; afirma Eduardo.
Mesmo no papel de vítimas, elas geralmente se sentem culpadas por terem sido agredidas por seus parceiros, o que pode vir a ser um fator de impedimento para que denunciem os agressores.
A violência doméstica está calcada na opressão e na própria cultura machista, que ainda enxerga a mulher como submissa, que deve se submeter às exigências masculinas. A mulher é criada nos moldes para aceitar essa realidade social. “O mundo que a gente conhece é masculino”; destaca o promotor Eduardo.
A solução para esse entrave, segundo o promotor Eduardo Henrique Soares Machado é buscar apoio na política. “Uma mudança política pode gerar uma mudança social no que se refere a violência doméstica. E a mudança social é que vai gerar a mudança individual”; destaca o promotor, que cita a lei Maria da Penha como um avanço na luta contra a violência doméstica.
Além disso, Eduardo frisa a importância de que a esperança por uma mudança na mentalidade social pode estar diretamente ligada a educação e consciência das crianças, que devem ser orientadas desde pequenas a respeitar a mulher.
Além disso, Eduardo frisa a importância de que a esperança por uma mudança na mentalidade social pode estar diretamente ligada a educação e consciência das crianças, que devem ser orientadas desde pequenas a respeitar a mulher.
Além da discussão sobre violência doméstica, durante os dois dias do evento, foram realizadas palestras abordando vários temas como o papel do Instituto de Governança Social, desenvolvimento sustentável, combate a evasão escolar, investimento social privado, legitimidade e efetividade dos Conselhos de Políticas Públicas no Brasil e Gestão de Redes Sociais.
Texto: Michelle Parron
Fotos: Michelle Parron
Texto: Michelle Parron
Fotos: Michelle Parron
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