
Mistura de ritmos e cores tomaram as ruas de Uberaba. Assim foi a manhã de 13 de maio, data que se comemora a abolição da escravatura no Brasil com a instituição da Lei Áurea em 1888. Os ternos de Congo e Moçambiques desfilaram suas gingas ao som de tambores e coros ensaiados. Para aqueles que ainda sofrem o preconceito na pele, o Dia é comemorado como uma das conquistas, que, para o presidente do Conselho Afro, Evaldo Lopes Cardoso, acontece a conta-gotas.
A igreja Santa Terezinha foi o ponto de chegada do desfile. Integrantes dos ternos se espalharam por toda praça a espera do início da missa, celebrada pelo Padre Antônio Jacaúna, momento máximo e que marcou também o encerramento das homenagens de 13 de Maio. “A igreja se alegra muito nessa data, porque Deus fez homem e mulher, brancos e negros para viverem a liberdade”, ressalta o padre.
Apesar dos sorrisos estampados nos rostos e o clima de festa dessa quarta-feira (13-05-09), há certa consciência sobre os equívocos da Lei Áurea, já que na época, o direito à liberdade resultou na marginalização da raça. “Os negros não tinham estudos, não tinham profissão, nada foi dado, nem sequer uma enxada”, lamenta o presidente do Conselho Afro, que concluí que é só através do estudo que o negro vai conquistar a igualdade.
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