Do sertão mineiro, terra do pequi, da paçoca de carne e do sol escaldante, surge em pleno inverno e contrariando a típica cena do pacato norte de minas, tons que mostrariam à música independente de Montes Claros mais pluralidade.Ruído Jack nasceu em 2004 com uma proposta intimista, que foi abandonada depois de alguns meses para se plugar e abusar do elétrico. A formação atual conta com Cesanegaum, no baixo e voz, Alexandre Fudaum na Guitarra e voz, Mariana Morena na voz e Raphael Dinnez na bateria.
Situações cotidianas e influências conscientes e inconscientes fazem a sonoridade da Ruído Jack transitar entre Mutantes, Secos e Molhados, Los Hermanos e Foo Figthers, que resultam no seu rock and roll sagaz.
Em 2007, a banda lançou seu primeiro CD com o nome “Ruído Jack” e ainda este ano o público vai ganhar mais um lançamento, que já conta com Amarantear e Zezin, duas músicas que já estão disponíveis no myspace (www.myspace.com/ruidojack).
Mesmo com todas as dificuldades de atuar no cenário independente do norte de Minas, a banda Ruído Jack não tem o que reclamar. “O público montesclarense esta sempre presente nos eventos de música independente, não só na música, mas qualquer outro que tem esse caráter mais alternativo, ou seja, o público valoriza a música independente, mas é algo que ainda pode ser trabalhado para que a informação da cultura independente agregue um público maior”; afirma César, vocalista da banda.
Com o apoio do Coletivo Retomada, os integrantes do Ruído Jack fazem questão de trabalhar ativamente na promoção da cultura independente. Quando não estão tocando nos eventos, a banda marca presença fazendo parte do público ou atrás dos palcos, atuando na produção. Dois integrantes da banda, Alexandre fudaum e Raphael Dinnez, por exemplo, fazem parte do Instituto Geraes de Arte Independente, que tem a mesma proposta dos coletivos do Fora do Eixo.
Ganhadora do Santo Agostinho Pop Music Festival no ano de 2007, festival que visou fomentar a cena musical da cidade, a banda Ruído Jack também participou de importantes festivais em Montes Claros, como a primeira edição do Pequi Rock (2006-Moc), Festival Catrumano de Música Independente (2008-Moc), Rock Reunion (2008-Moc). E fora da cidade, marcou presença no Grito Rock de Uberlândia e neste ano em Divinópolis.
A música para Ruído Jack é essencial e eles querem levar ela para todos os lugares. Se apropriando de uma frase de Friedrich Nietzsche, Cesar concluí que “sem música, a vida seria um erro”.
Texto: Michelle Parron
Foto: Divulgação
Veja essa matéria no Fora do Eixo: http://foradoeixo.org.br/noticia.php?id=1059
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