10.6.09

Camaradas da Alegria usam o bom humor para falar de coisa séria

Enquanto boa parte dos jovens está a caminho de casa para dormir depois da “balada” de sexta-feira, eles já se encontram de pé para mais uma missão. Um arco-íris de cores é visto por toda parte. Meias exóticas, roupas coloridas e acessórios para lá de irreverentes fazem parte do figurino do grupo Camaradas da Alegria. Uma trupe animada que esbanja alegria e bom humor na hora de praticar o trabalho voluntário.

Antes de entrar em cena, as expressões vão ganhando novos contornos através da maquiagem. O critério mais rigoroso é usar a criatividade.

Em ação desde março desse ano, o grupo já atendeu a ACD e o Lar de Idosos Dona Marines de Jesus. “A idéia de montar o grupo surgiu a partir do momento em que tive contato com o projeto social Vagalumes, do Ceará” (que também realiza trabalhos voluntários), afirma Renata Degani, idealizadora do Camaradas da Alegria. Hoje o grupo conta com a participação de vinte cinco pessoas, mas apenas quinze colaboram ativamente no grupo.

Dessa vez, o desafio dos Camaradas é no centro da cidade. O calçadão de Uberaba é invadido por nove palhaços em pleno sábado (06/06/09), com o comércio a todo vapor. Impossível não chamar a atenção com tanto riso e alegria. As placas nas mãos dos palhaços ofereciam abraços grátis, mas o que esses jovens fantasiados queriam realmente ganhar era a atenção dos cidadãos que passavam por ali. Aproveitando que dia quatorze de junho é o Dia Mundial da Doação de Sangue, o grupo tinha a missão de incentivar a população sobre a importância de que doar sangue pode salvar vidas.

“Muitas vezes a razão de não doarmos sangue é por falta de informação”; afirma Renata, que a partir do momento que esteve no Hemocentro e viu que o processo de doação era muito simples, passou a doar.

O aposentado Roberto Delmiro dos Santos, que já doou 68 vezes, disse que realiza doação de sangue quatro vezes ao ano. “Quando eu tinha dezoito anos, um amigo sofreu um acidente e precisou de sangue e, a partir dessa data, nunca mais eu parei (de doar)”; conta o aposentado que já recebeu homenagens do Hemominas e disse que vai doar até completar sessenta cinco anos, idade máxima que um doador pode ter.

Depois de muitos abraços e sorrisos, os Camaradas da Alegria vão para suas casas com a certeza de que, mais do que levar alegria, conseguiram passar uma mensagem e fizeram a parte deles para ajudar o próximo ao incentivar um ato que pode salvar vidas, que é a doação de sangue.




Texto e fotos: Michelle Parron

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