Veio tímido, contido e delicadamente foi se revelando. Tomou o espaço dos solitários instantes. Hora detive, hora permiti. Por dias a razão e o coração travaram grandes batalhas por conta desse novo acontecimento que fazia rebuliços em mim.
Vezes abraçou-me com os olhos, tocou-me com sua leve brisa de conforto e me fez esquecer das dores. O universo se rendia a sua delicadeza, seu impagável carinho e a alegria que fazia surtir sorrisos.
Assim como uma roseira ainda moça, começou a emanar seus primeiros botões. As gotas de água fortificaram suas raízes. O vento, que por vezes parece ameaça, entortou mas não chegou a quebrar um galho sequer, visto que seu caule enraizado conseguia conter qualquer ameaça de um voraz brisa.
Assim como uma roseira ainda moça, começou a emanar seus primeiros botões. As gotas de água fortificaram suas raízes. O vento, que por vezes parece ameaça, entortou mas não chegou a quebrar um galho sequer, visto que seu caule enraizado conseguia conter qualquer ameaça de um voraz brisa.

Com ajuda do calor do sol, seus botões foram se abrindo, prometendo no futuro lindas rosas vermelho-aveludado.
Cresceu.
Roseira adulta está fadada a trazer beleza de suas flores junto a dor dos espinhos. Afiados, pequenos ou grandes e distribuídos por todos os lados, são eles os responsáveis por vigiar a beleza das rosas.
Talvez tanta aspereza seja para conter o expectador na distante contemplação. Ou então para mostrar que a plenitude só é alcançada após percorrer o caminho doloroso.
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